sexta-feira, 18 de abril de 2008

Musa luta contra Anorexia e Preconceito



Os flashes se apagaram e a passarela virou um longo caminho na vida da modelo Juliana Volpini, 25 anos, ex-miss Rio Preto e São Paulo.

Com 1,80 metro e 52 quilos, ela é mais uma vítima da anorexia. Além de perder peso, a modelo perdeu o cabelo e passou a conviver com falta de ar e insônia.

“Cheguei a pesar 46 quilos. Eu me olhava no espelho e me achava gorda”, diz. “Só percebi o quanto a doença me afetou quando começei a perder cabelo.”

Ela decidiu se distanciar do trabalho em São Paulo e voltou para a casa dos pais em Potirendaba para lutar contra a anorexia.

“Procurei vários médicos. Todos me disseram que eu estava com a doença e deveria voltar para a casa de meus pais. Só assim ia me recuperar”, afirma.

A trajetória de Juliana como modelo começou aos 20 anos com a conquista de um antigo sonho da ex-secretária: vencer concurso de beleza. “Sempre quis ser miss. Me diziam que eu era bonita e deveria tentar”, diz. “Ganhava R$ 100. Sabia que não teria oportunidade em Potirendaba. Decidi arriscar.”

Em 2003, Juliana venceu o concurso miss Rio Preto.

A conquista
No mesmo ano, conquistou o miss São Paulo. O título a ajudou a conseguir novos trabalhos e um contrato com uma agência da Capital.

“A agência dizia que eu precisava emagrecer. Isso virou minha obsessão. Eu me torturava o tempo todo por causa do peso”, diz.

Para agradar a agência e conseguir novos trabalhos, Juliana deixou de comer. Por dias a fio, ela se permitia comer apenas gelatina diet e tomar água.

“Cheguei a duvidar que diet não engordava. Não comia mais nada. Tudo para emagrecer”, afirma.

O tratamento
Quando chegou aos 46 quilos e começou a perder o cabelo, Juliana procurou ajuda médica.

“Mesmo magra, eu me olhava no espelho e achava que estava gorda”, diz. “Hoje sei o quanto isso me prejudicou, mas acredito que precisava passar por tudo isso.”

Depois do tratamento, a modelo recuperou seis quilos, mas ainda insiste em jogar comida fora com medo de engordar.

“É muito difícil, mas vou vencer e voltar a trabalhar. Daqui a três meses meu cabelo vai começar a crescer.”




:::Gisele Marchiote::Agência Bom Dia:::

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