segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os riscos da erotização infantil


Os programas de televisão têm apelado para a excessiva valorização do corpo e erotismo; inclusive em programas infantis onde se percebe que a preocupação maior é valorizar os gestos, posturas e danças onde o foco é a sensualidade.

Além disso, transmite uma imagem caricatural da mulher, aquele tipo “boazuda”. O resultado são as imagens estereotipadas, onde a mulher ressurge como um objeto de consumo, ou de apelo sexual. Resultado disso é que a criança começa a incorporar uma atitude abertamente sedutora, lembrando o comportamento adulto. Ela perde muito da sua espontaneidade e naturalidade, e principalmente de sua ingenuidade.

Os pais demonstram desde cedo uma preocupação, às vezes obsessiva, de que a filha se transforme num modelo ou numa atriz de novela, levando a se mostrar preocupada desde criança em ter um corpo perfeito, vivendo em função de dietas e outras preocupações. Enfim, ela tem que fazer ou representar tudo o que um adulto faria, ou melhor, tudo aquilo que os pais gostariam de ter realizado, mas não conseguiram.

Tudo isso acaba interferindo no desenvolvimento emocional e afetivo da criança, fazendo com que ela pule etapas importantes do seu desenvolvimento. Uma criança que não vivencia a sua infância deixa de viver comportamentos próprios de sua idade. Para ela existe um mundo de atividades propriamente infantis, tais como as brincadeiras, os jogos, as leituras, o teatrinho, e até filmes, que lidam com o seu mundinho, com as suas fantasias, com os seus sonhos, e que não entram em choque com a simplicidade e a beleza do universo infantil.

As crianças não têm a malícia nem o desencanto dos adultos, assim como não têm uma sexualidade amadurecida ou já conflitiva. Portanto, não precisam imitar o comportamento típico dos marmanjos. Elas não podem e não devem ser jogadas num mundo de adultos que é agressivo e competitivo; isso é psicologicamente prejudicial.

A televisão demonstra pouca atenção aos programas educativos, insistindo nessa história de ficar criando falsas promessas ou fantasias de realização, e cabe aos pais evitar que seus filhos acreditem nisso. Eles devem mostrar que a vida oferece muito mais do que o sucesso, que existem inúmeras profissões e ofícios além daqueles de atriz, cantor ou jogador de futebol, que também são importantes e levam à intensa realização pessoal e social.

Cabe aos pais também, a tarefa de preservar os valores mais genuínos do ser humano, procurando sempre valorizar o amadurecimento emocional de seus filhos, colaborando para que desenvolvam uma atitude crítica em relação ao aprendizado e entretenimento que os meios de comunicação oferecem.

A precocidade do erotismo infantil quebra o brilho e o encanto juvenil, podendo no futuro desenvolver padrões de comportamento conflitivos na área sexual.

A criança tem que ser respeitada e continuar a ser criança.

Fonte: Diga Não à Erotização Infantil.

Um comentário:

  1. Bom Dia

    Oi Kamilla estive visitando teu blog e gostei muito, coloquei seu link no meu blog, aparece lá para me fazer uma visita.

    Abraços

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